No ambiente universitário é muito comum encontrarmos pessoas colocando a razão acima de tudo. Mas, infelizmente, me parece que não conseguem enxergar a própria devassidão do homem. Pensando nisso me lembrei de um texto que escrevi num momento de muita frustração minha com o mundo, com a igreja evangélica e com a minha própria existência. Espero que sirvam de reflexão para vocês e que todos nós possamos fazer a mesma oração contida no final desse texto.
Um grito de desespero
Muitas guerras já foram travadas, milhões de vidas ceifadas. Famílias destruídas, esperanças e sonhos se dissiparam. Ao longo de toda a história, seja por quais tenham sido os motivos, bons ou ruins, se é que existe algum bom motivo pra se viver em guerra, civilizações, culturas, pessoas, mulheres ou crianças, homens e idosos perderam sua vidas e seus lares. Perderam a afetividade, o amor, o respeito ao outro, ainda mais o outro sendo tão diferente. Venceu a morte, o ódio, a tristeza. E o pior de tudo, o homem, o ser humano, único ser dotado de inteligência, de capacidade de raciocínio, de capacidade de reflexão, de saber discenir entre o certo e o errado, pelo menos é isso que sabemos na teoria, mas na prática repetimos os mesmos erros em todas as épocas, lugares e culturas. E o homem pós-moderno, tão cheio de si, tão “inteligente”, com tanto avanço tecnológico continua destruindo vidas, famílias, esperanças, sonhos, matando a afetividade, o amor, o respeito ao próximo, principalmente o outro que é tão diferente! Apesar disso ainda afirmamos que “somos todos iguais”. Mas, como já foi dito, “somos todos iguais, mas uns são mais iguais que os outros”. E se quiserem ainda assim afirmar que somos todos iguais poderemos até concordar. Somos todos iguais na falta de sabedoria ou na falta de capacidade para transformar o ódio em amor, a efetividade em afetividade, a intolerância por respeito, a diversidade em unidade.
Que o único que pode todas as coisas, que sabe todas as coisas, o perfeito em amor ou o que é amor, venha santificar o seu nome, venha trazer a nós o seu Reino. Reino de paz, de alegria, amor, respeito, de afetividade e perdão. E que pelo menos por alguns instantes seja feita a vontade d’Ele, assim na terra como nos céus. Enquanto isso que todos nós, cada um de nós no céu e na terra recebamos hoje o pão nosso de cada dia, somente o pão, o básico, para que não haja uma pessoa que tenha mais ou menos do que o outro, para que não haja inveja e nem cobiça. Que seja sempre perdoado as nossas dívidas e que tenhamos consciência disso para que saibamos perdoar os outros e continuemos vivendo em paz. E que não caiamos em tentações, mas estejamos sempre livres do mal. Porque o Reino é d’Ele e a glória e a honra para todo o sempre! Amém e amém!
Deus, sei que não posso mudar o mundo, mas posso mudar a minha vida, a vida daqueles que estão ao meu redor, da minha família e da minha futura família. Posso mudar os que amo e os que nem conheço, por isso me ajude nesta busca, neste desejo, opera em mim tanto o querer quanto o realizar e dê-me satisfação nesta luta. Que a minha incapacidade de transformar o mundo não me leve a uma falta de esperança, a uma apatia, nem a uma revolta com tudo e com todos, mas que eu possa ter alegria, sabedoria e força para transformar aquilo ou alguém que esteja ao meu alcance. E sei que Tu és poderoso para fazer infinitamente mais além daquilo que pedimos ou pensamos segundo o poder que opera em nós! Em nome de Jesus. Amém!
Mauricio Jaccoud da Costa
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